sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Só passamos 2/3 da nossa vida a trabalhar ... será mesmo tão importante ter empresas onde gostamos de trabalhar?

Recursos humanos. Capital humano. Talento. Que tal só "Pessoas"? São, sem dúvida, o que faz a diferença em qualquer empresa, organização ou projecto. E faz toda a diferença saber se são felizes com o que fazem, se respeitam as outras pessoas com quem trabalham, se olham para o futuro com optimismo. São sentimentos que não nascem de geração espontânea - exigem um trabalho fino, meticuloso e que nunca acaba. E como o diabo se esconde nos detalhes, exigem um permanente estado de alerta para poder intervir a tempo, corrigir rotas e ter as nossas pessoas de volta, no dia seguinte, com os tais bons sentimentos que fazem a diferença.
O que parece simples e quase trivial é, na realidade, uma tarefa bem difícil que exige o alto patrocínio de quem lidera uma epresa ou um projecto. Na parte operacional, exige equipas competentes, com aquele tipo de competências que não decorre do CV. Têm genuinamente de ser pessoas que ... gostam de pessoas, que acreditam na possibilidade de realização e que estão dispostas a trabalhar todos os dias para criar e difundir essa forma de olhar o mundo. Claro que cada empresa tem a sua cultura, os seus valores, os seus objectivos. Umas vão ser mais formais outras propositadamente descontraídas, umas vão ter mais níveis hierárquicos outras menos, Mas isso é o que chamamos, na nossa vida pessoal, a personalidade, o "feitio", de cada um e as compatibilidades que gera ou não. Tudo o resto é passível de ser mudado, melhorado, inventado.
A comunicação interna é por isso uma das áreas mais fascinantes de trabalho para quem gosta de pessoas. Não é cosmética, nem canal oficial de chefes para índios. Na essência devia ser uma das áreas de trabalho no coração de qualquer projecto. E os resultados, quando assim acontece, falam por si.
O vídeo produzido pela Coca-Cola, um dos maiores advertisers mundiais, é um bom testemunho da seriedade e empenho com que se pode e deve encarar esta possibilidade de vivermos e trabalharmos melhor.

2 comentários:

Ricardo disse...

Hoje em dia a insegurança profissional, é cada vez maior!

Beijo

Rute Sousa Vasco disse...

A insegurança ou pelo menos a instabilidade tornou-se a regra do jogo há praticamente uma década. Nos Estados Unidos, que aliás foram a inspiração de muitos, há mais tempo. O problema nesta altura já nem me parece ser a insegurança - de uma forma ou de outra, aprendemos a lidar com essa circunstância e, quando o meio envolvente é saudável, até pode servir de estímulo a fazer melhor, porque é certo que os bons profissionais são sempre requisitados. O problema hoje tem outro nome: depois da volúpia de alguns, a volatilidade a que todos estamos expostos.
Sou uma optimista. Acredito que só nos colocamos os problemas que conseguimos resolver. Vamos é ver como e, sobretudo, quando.
Obrigada pela visita