terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Smart people will save the planet - Quem quer ser inovador e talvez milionário?

A Índia que está no centro do mundo dos negócios entrou esta semana no centro do mundo do cinema. Chegou pela passadeira vermelha e pela mão de um britânico conquistou os prémios mais desejados. Polémicas à parte, quem quer ser milionário traz à tela bem mais que lixeiras a céu aberto, bairros de lata e crianças pedintes de mão estendida em cada esquina. Só com grande esforço será possível dizer que se vê o melhor filme do ano sem que um sorriso, mesmo que distraído, nos passe pelo rosto.
Podemos encontrar razões diversas para esse sorriso, mas neste post eu quero falar de uma em particular. No meio da miséria e da corrupção, há uma Índia que inova pela razão primeira pela qual o Homem sempre inovou. Necessidade. Necessidade de viver mellhor, de comer, de dormir, de ter esperança.
Há uns meses um advogado português com negócios em África falava de Yunnus e do micro-crédito e dizia que a grande riqueza de África era aquilo que tantas vezes se confundia como o seu principal problema: capital humano. Na maior parte dos países africanos, dizia ele, as pessoas saem todos os dias à rua a pensar como vão ganhar o dólar daquele dia.
E isso é um capital de criatividade absolutamente desconhecido no mundo dito desenvolvido.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Confessions Of A CEO Blogger

Nem de propósito. Ontem numa das reuniões discutia-se a utilização dos conteúdos Videonomics no ambiente de trabalho como uma das mais-valias, precisamente por permitir alargar a partiha de ideias e de conhecimento não só a novos públicos, como por exemplo os que não lêem, como a públicos sem tempo, como decisores e quadros. Tempo e formato adequado são, de facto, duas valências core do Videonomics ao disponibilizar uma selecção temática premium e em formatos user friendly. O que tem inerente um vasto trabalho, não apenas editorial, mas técnico (muito mesmo!) e ... filosófico. Também por isso tenho dito em quase todas as conversas que procuramos parceiros que partilhem a mesma visão, do presente e do futuro. Que queiram ser parte de uma nova geração (e não é um critério de idade) que se move por valores e que acredita na capacidade de reflectir para mudar, de pensar para agir e de procurar novas e melhores formas de vida em comum. A tecnologia nisto tudo é um enabler, um fabuloso enabler, mas está ainda longe de ser perfeita e esse é um dos temas deste vídeo. O chairman e CEO da Forrester Research, George F. Colony, apresenta as suas confissões da sua experiência de 2 meses na blogosfera e conta as 5 lições que retirou. Uma delas tem precisamente a ver co o facto de, sendo hoje tudo já tão mais fácil, é ainda inacreditavelmente moroso, complexo e difícil manipular conteúdos. A verdadeira multimedia exige perserverança, ou seja, aquele género de paciência que nos falta quando a foto não se encaixa no formato de um header ou o formato de vídeo não abre naquela janela. Ainda é assim e um dia terá graça contarmos aos nossos filhos e netos que no nosso tempo era preciso isto, mais isto e aquilo para usar a tecnologia, com todo o seu potencial democratizante. Não, a internet ainda não é a praça ateniense dos nossos sonhos, em que nos expressamos livremente e sem barreiras e onde o importante é a ideia e a sua comunicação. Mas, para quem ainda se lembra, há 10 anos achávamos que aquilo é que era o hype e, de então para cá ... eu sei, temos de sorrir!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O juramento de Hipócrates dos CEOs

A ética é um tema obrigatório nos negócios. O tema entrou na agenda das conferências, nos statements institucionais das empresas e nos curriculos das escolas de gestão. E tudo isto aconteceu na mesmíssima década em que empresas e gestores se precipitavam aceleradamente para o abismo em que o mundo caiu no segundo semestre de 2008.
Não faltou quem alertasse e menos ainda, como é normal, quem dissesse "eu bem avisei". Mas claro que quando o facto de os bónus dos gestores serem indexados à conquista de resultados por eles próprios fixados se tornou tema de debate público ficou também à vista de todos a fragilidade da auto-regulação, ou se quisermos, da ética corporativa.
A mesma ética que fazia bocejar em conferências organizadas para cumprir calendário ou para fazer jus às boas intenções de alguns de súbito invadiu a vida de todos nós.
Há ética quando se despede porque se está a ganhar menos dinheiro, mesmo que se continue a lucrar muito dinheiro? Os CEOs deveriam ter uma ética idêntica à de médicos e advogados, cuja infracção incorre em verdadeiras penalizações? Do no harm - não fazer mal deverá ser o postulado que orienta a actividade de um gestor?
São todas estas questões que pode ver neste vídeo vencedor em Davos. Sim, também Davos se rendeu á comunicação em vídeo e disponibilizou, pela primeira vez, um canal no YouTube.
Também um bom pretexto para falar de Bernard Lonergan, muitas vezes referido como o mais importante pensador filosófico do século XX e tema de um ciclo de conferências iniciado a 14 de Fevereiro na Universidade Católica. Lonergan foca-se no papel social das empresas que, na sua perspectiva, ultrapassa a mera dimensão do empresário, ou se quisermos do capitalista.
Ganhar dinheiro não fazendo o mal é possível? Todos nós, que vivemos as estórias do dia a dia dos negócios, queremos mais do que nunca acreditar que sim. E é bem mais do que as terminologias chiques que algumas cabeças bem pensantes confundem ou fazem confundir com realmente fazer bem ... ganhando dinheiro sem prejudicar terceiros.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Bill Gates tem um novo bug




Bill Gates dispensa apresentações. Durante os primeiros 50 anos da sua vida, alterou de forma concreta e definitiva o mundo em que vivemos ao criar a Microsoft. Por essa via, realizou o sonho de todos os seres humanos poderem realizar o seu potencial com a ajuda da ciência da computação. A empresa cresceu, os utilizadores multiplicaram-se o seu potencial também. Rico entre os mais ricos, Gates considerou cumprida a sua etapa de vida dedicada ao mundo dos negócios. E, ao abandonar a liderança da Microsoft para se dedicar à fundação que gere com a sua mulher, definiu um novo objectivo na sua vida associado à filantropia. A ciência do bem, se quisermos.
À conferência anual do TED - Technology, Entertainment and Design levou a sua prioridade actual: o combate à malária. Tranquilo, Gates explicou que é um optimista e que vê sinais para estar optimista - a esperança de vida aumenta e a mortalidade infantil tem vindo a reduzir-se de forma progressiva e acentuada. Ainda assim, afirmou, algumas doenças, onde se destaca a malária, permanecem um mal maior na metade sul do mundo, com destaque para as regiões mais pobres.
E, sem alterar nem a voz, nem o porte, avançou para uma pequena campânula de vidro e exibiu à assistência a origem do mal de que falava: mosquitos. "Não é justo que só os pobres convivam com eles", assinalou sorrindo perante a estupecção de uma audiência ainda não refeita.
Os jornais descreveram a sua acção como "making a point". Numa era em que todos sabemos o que está mal, o problema parece efectivamente, mais do que nunca, acordar dessa letargia que nos faz olhar para a morte de milhões de crianças e adultos com a mesma excitação com que ouvimos falar de uma nova versão do Windows ou do Vista (é melhor corrigir, porque certamente para muitos as notícias do mercado são certamente mais excitantes).
Uma música que passa insistentemente na rádio confronta-nos com a nossa natureza. Are we humans? Or are we dancers?
Dancers, we would say. Numa coreografia sem sentido que só nós mesmos podemos mudar.Para que não dancemos como mosquitos- letais e às cegas.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Why choosing Videonomics?


Watch Why choosing The Lisbon MBA? in How to Videos  |  View More Free Videos Online at Veoh.com


Quase 15 dias sem publicar. Uma paragem forçada em virtude de uma aceleração no cronograma de lançamento do Videonomics, com múltiplas reuniões e apresentações para preparar. Este blogue, para além de montra, cumpre desde o início io objectivo de dar conta dos vários passos do projecto e sinto que este é o momento para um primeiro balanço.
Primeira nota: nas várias reuniões já realizadas não houve uma única em que sentisse falta de receptividade e na maioria encontrei, ao invés, franco entusiasmo e um entendimento comum sobre o papel da comunicação vídeo nos temas de gestão e inovação. É verdade que este ano, como dizia com graça um dos meus interlocutores, "no princípio era a verba" e é preciso também criatividade para fazer chegar os orçamentos, da parte de quem investe, e para saber rentabilizá-los no melhor interesse de todos. Apesar de existirem múltiplos esforços conjuntos a desenvolver, estou convencida que lá chegaremos.
Segunda nota para os materiais já produzidos. Temos neste momento cerca de 10 horas de materiais, desde formatos de 3 minutos, a 2 conferências de 45 m cada (Gary Hamel e Dan Tapscott). São materiais diversificados, em temas, formatos e protagonistas e sobretudo são materiais estimulantes. É este trabalho-piloto a melhor evidência das possibilidades que temos pela frente e são muitas e muito interessantes! Tem sido muito bom trabalhar com pessoas de universidades, empresas e media na construção deste novo media Videonomics.
Terceira nota para o que nos espera nas próximas semanas. Muito trabalho para fechar parcerias, acordos de media e iniciativas temáticas, para além de todo o trabalho de implementação da plataforma Videonomics. Estamos animados!
O vídeo de hoje é uma das primeiras peças Videonomics, desenvolvidas em parceria com o The Lisbon MBA e já disponível no canal The Lisbon MBA TV na plataforma Veoh. Será também um dos canais Videonomics e, desde já, a toda a equipa do The Lisbon MBA o nosso obrigado pelo voto de confiança desde a primeira hora e pelas horas estimulantes de trabalho que temos desenvolvido em conjunto.
Até breve