sexta-feira, 5 de junho de 2009

Não queremos acreditar no que sabemos




Hoje em todo o mundo milhões vão poder ver Home, o filme de Yann Arthus-Bertrand sobre o impacto que a actividade humana está a ter no planeta. Filmado ao longo de 3 anos, Home - ou Maison, como no seu francês original gosta de dizer - é uma "história fantástica da vida na Terra". Na sucessão de imagens, é o tempo que nos faz pensar. As montanhas, os rios, as plantas, estão cá há milhões de anos. Os humanos há não mais que meros 200 mil anos. E, no entanto, este é um filme sobre os homens. os homens no seu habitat. Os homens como causa primeira e fim última do debate sobre a vida no Planeta.
São imagens captadas lá do alto - uma sequência lógica do trabalho fotográfico de Yann Arthus-Bertrand, com a série de fotografias "A Terra vista do Céu". Romanticamente ou talvez apenas humanamente, é irresistível pensarmos que também se trata de uma forma de termos um olhar divino, criador, sobre a vida no planeta.
Um filme que procura mostrar que aquilo que nos une é bem mais forte do que aquilo que nos separa - e é por isso obrigatória uma visita ao site 6billionothers.org, onde o realizador-fotógrafo compila milhares de entrevistas, a milhares de pessoas em todo o mundo e não podemos deixar de ficar abismados com essa proximidade do que somos, do que nos marca, do que nos faz felizes.
O filme foi distribuído gratuitamente, não tem copyright e é hoje, dia 5 de Junho, dia do Ambiente que poderá ser visto em todo o mundo
"É tarde demais para ser pessimista. Somos todos parte da solução", diz Yann Arthus-Bertrand.

Em Lisboa, Home pode ser visto hoje, 5 de Junho, às 21 h, na Praça Luís de Camões em Lisboa e estará em exibição nos vários cinemas ZON Lusomundo.

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